Está chovendo. Diante de mim, um chafariz no qual você se encaixa. Mas o impasse tá no não: você não existe e ainda assim é exatamente - fio de cabelo, cheiro, cangote, sorriso, caos - o que eu vejo.
Desejo: palavra ruim pra escrever sozinho. Mesmo assim, tô aqui todo à caneta. Se erro, não nego, deixo gravado. Mas circulo o espaço que tá vazio, pensando numa onça pintada no cio, doida por eu cachorro vagabundo. Não tem metáfora que nessas horas seja a certa. Porém só a sua possibilidade em cheio me acerta.
É um sentimento crônico. É o cimento do meu olhar atônito.
Pois eu não sei... errei a hora e passei direto? O objeto da minha torrente já chegou?
Sentimento assim dá ponto final com ares reticentes.
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