O que diabos que eu tô sentindo? Que contradição mais coerente é essa que me define? Isso enquanto e tão somente quando houver tempo para o ponto final, sendo que eu sou sempre tão vírgula. Sempre. Mas hoje não. Já disse um dos muitos poetas que tiveram uma manhã ensolarada na cara, prestes a nublar e chovendo sarcasmo num sorriso torto do sol:
sempre não é todo dia.
Mas eu não gritei, nem escrevi, nem soquei, nem fudi, nem fumei, nem xinguei, nem rezei, nem repeti o quanto eu queria. Tem algo entalado aqui na garganta, prestes a sair, um silêncio urgente, colérico, pedindo por não sei lá o quê que realmente me tire do sério.
Uma paixão. É, uma paixão. Acumulada no corpo inteiro, empurrando tudo sem receio, na garganta: pedindo passagem.
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