quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Manchete!

Atravessara a rua com um livro na mão
Se não tinha uma pessoa
Poesia sim tinha sua devoção
Absorvido e apaixonado pelo próprio sentir
Caminhara como que decifrando por onde ir

Então um carro analfabeto e seu dono embriagado
Não ligando pro leitor e sua leitura
Teve um inesperado encontro com a cultura
Brincando sem receio com a métrica
Rimou sem angústia, sem estética, e fez seu verso concretizado

Esse desfecho outrora pr'uma época tão futura
Foi que morrera, o pobre rico leitor, sem amargura
De poesia e de paixão

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