tag:blogger.com,1999:blog-61506656521968823202024-02-20T14:51:40.830-04:00É terno amarDiversificada a vida faz poesiaLeco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-13573193048172214042015-05-06T04:04:00.001-03:002015-05-06T04:04:33.393-03:00poesia cotidiana.<div style="text-align: center;">
<script async="" src="https://static.medium.com/embed.js"></script><a class="m-collection" href="https://medium.com/poesia-cotidiana">poesia cotidiana.</a></div>
Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-43622280999524002562015-04-21T13:16:00.001-03:002015-04-21T13:17:31.010-03:00medium.com/@lecosilvaVirou arquivo, sem filtro, tá tudo aqui mas não tem seguimento.<br />
Agora, por lá,<br />
» <a href="https://medium.com/@lecosilva">https://medium.com/@lecosilva</a><br />
<br />
Leco.Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-18490553824977087172015-04-09T11:57:00.001-03:002015-04-09T11:57:54.774-03:00Ab nihilo.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGAHCSrh_3QKS_j2-JnV-tto3nR94Pk3jCDCD0AOIYGLv2vvpZNEre_lwTAc-vjygYBJkgjrElmvdVdTezS3HLEWq8HSxEX1E7EXSy4Y8A6Zgo09DDvR0Z-hrXaTVIa3op5qFEWJE0rJ0-/s1600/BLOG.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGAHCSrh_3QKS_j2-JnV-tto3nR94Pk3jCDCD0AOIYGLv2vvpZNEre_lwTAc-vjygYBJkgjrElmvdVdTezS3HLEWq8HSxEX1E7EXSy4Y8A6Zgo09DDvR0Z-hrXaTVIa3op5qFEWJE0rJ0-/s1600/BLOG.jpg" height="603" width="640" /></a></div>
<br />Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-82725029495421952872015-03-26T07:26:00.001-03:002015-03-26T07:27:21.352-03:00Há mais variáveis do que alegorias:Trabalhando com publicidade, mulheres ganham em média 26,5% menos que homens na mesma posição.<br />
Nas áreas de criação, menos de 20% dos cargos são exercidos por mulheres. Variável X.<br />
<br />
Em entrevista com mais de um gênero para pesquisa sobre a representação das mulheres na TV (propagandas), 84% reconhecem o uso do corpo feminino para a venda de produtos, 58% veem tais representações da mulher como coisificação sexual e 70% defendem ações punitivas para tais propagandas.<br />
Mas isso não acontece. As agências apontam intenções humorísticas, o órgão (autorregulamentador) que deveria regular, advertir e punir compadece (CONAR). Com ar de "isso não existe". É o "not all men" comunicado em massa. Variável Y.<br />
<br />
X + Y =<br />
1H30 após esse tópico ser publicado,<br />
Uma mulher morreu.<br />
E a sua propaganda mantenedora do machismo deu às mãos e foi junto à cena do crime.<br />
<br />
#HomensRisqué com atraso.<br />
Desculpa, que eu sou novo no Twitter.<br />
Mas estamos de olho!<br />
<br />
OBS: este texto tem excertos da matéria da Carta Capital que tomam como fonte as pesquisas citadas abaixo, entre outras. Todos os créditos à revista e à Agência Pública, responsável direta pela matéria.<br />
<br />
Matéria original:<br />
<a href="http://www.cartacapital.com.br/sociedade/machismo-e-a-regra-da-casa-4866.html">http://www.cartacapital.com.br/sociedade/machismo-e-a-regra-da-casa-4866.html</a><br />
<br />
Algumas das pesquisas:<br />
<a href="http://www.portcom.intercom.org.br/navegacaoDetalhe.php?option=trabalho&id=36052">http://www.portcom.intercom.org.br/navegacaoDetalhe.php?option=trabalho&id=36052</a><br />
<br />
<a href="http://agenciapatriciagalvao.org.br/concurso1minuto/pesquisa-mulher-e-propaganda.html">http://agenciapatriciagalvao.org.br/concurso1minuto/pesquisa-mulher-e-propaganda.html</a>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-80358797400485702522015-03-25T23:52:00.001-03:002015-03-26T07:25:37.059-03:00Este não é um blog de poesia. É um depósito revivido de aleatoriedades. <a href="http://lecosilva.vsco.co/?utm_source=user_grid&utm_medium=user_website&utm_campaign=link_to_grid" style="border: 0; display: inline-block; text-decoration: none;"><img alt="VSCO Grid" src="http://assets.vsco.co/assets/images/assets/Grid_white_48.png" style="height: 48px; margin: 0px; width: 48px;" /></a>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-79904571821642320712010-05-25T15:22:00.002-03:002010-05-25T15:23:44.436-03:00Notícia para perdidosPerdidos que se encontram por aqui, quando se encontram e se se, só queria dizer que estou numa entressafra. Compilando versos para a coesão necessária a um livro. Ou dois. Logo mais, publico outras coisas no <a href="http://papo-de-vendedor.blogspot.com/">http://papo-de-vendedor.blogspot.com</a><br />Por ora, a hora é outra.<br /><br />Abraços,<br />Alex.Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-73029923905157639272010-04-17T20:43:00.002-03:002010-04-17T20:49:54.998-03:00Me ware wo<div align="left"><strong><span style="font-size:130%;">Em teu nome tem fé</span></strong></div><div align="center"><strong></strong></div><div align="left"> </div><div align="left">A luminescência de teus olhos</div><div align="left">Tem medida certa de mel e fogo</div><div align="left">É guia para os devotos</div><div align="left">De cabeça feita no balanço do teu corpo</div><div align="left"></div><div align="left">Faço as contas, colar de contas, fazer de conta</div><div align="left">Que não tem encanto</div><div align="left">Enquanto no meu transe</div><div align="left">Eu canto</div><div align="left">Pra te homenagear</div><div align="left"></div><div align="center">Me ware wo, ma fé</div><div align="left">Pelo teu beijo de brisa e chuva</div><div align="left">Quero versar yorubá</div><div align="left">Dançar para a lua</div><div align="left">ninguém se não você</div><div align="left">elevará</div><div align="left">Revelará o teu espelho de estrelas</div><div align="left">No meu olhar</div><div align="left"></div><div align="right">O lampadário da tua alma</div><div align="right">Minha dose de fogo e mel</div><div align="right">Filha de Oxum me guarde</div><div align="right">Teu lago é meu céu</div><div align="center"></div>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-28936322162643932622010-03-30T14:46:00.001-03:002010-03-30T14:49:35.815-03:00Ai se seres [Terapia Versológica]Para tua psicose, sou Haldol<br />Para tua ansiedade, Rivotril<br />E teu TDAH, Ritalina<br />No teu desejo insano, sou febril<br />Para a minha febre: devoção<br />Para o meu suor: emoção<br />E no meu sorriso teu querer<br />E no teu território meu país<br />Nesses querer de <a href="http://www.youtube.com/watch?v=3qTSNWx5QqA">quereres</a> como diz<br />Que eu teu dia-a-dia aprendiz<br /><br />Ah, esse gosto dos seres...<br />Nesse rosto tu me ensina a ser<br />Tua medicina, minha religião<br />Tem você e não, tem você<br />E não<br />Não tenho<br />De querer mais<br />Além do mais<br />A paz de pazes enfimLeco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-84563931153330216312010-03-30T14:39:00.002-03:002010-03-30T14:45:55.149-03:00Sobressono<div align="right"> <strong> D</strong></div><div align="right"><strong> O</strong></div><div align="right"><strong> R</strong></div><div align="right"><strong> M</strong></div><div align="right"><strong> I </strong></div><div align="right"><strong> </strong><strong>PARACORDAR</strong></div><br /><div align="center">Poesia para acordar os meus olhos</div><div align="center">Será que funciona?</div><div align="right"> </div><div align="left">Escrever à toa nunca me descreve</div><div align="left">Nem que se revele o que me emociona</div><div align="left">Releve a rima eleve a sina é leve</div><div align="left">Assina o contrato do desacato acima</div><div align="left">Rebeldia onírica pra refazer meu dia</div><div align="left">Veja bem que o verso cresce a cada esquina</div><div align="left">E logo a tinta não se esquiva do desejo</div><div align="left">Cresce como se soubesse muito bem do teu beijo</div><div align="left">O alvo de ti é meu alvo em si, seja mal ou bem, vem</div><div align="left">Logo o vermelho simboliza teu fogo que procura fogo no meu colo</div><div align="left"> </div><div align="center">Poesia para dormir nus teus olhos</div><div align="center">Será que funciona?</div>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-21777931366998344402010-03-30T14:37:00.000-03:002010-03-30T14:38:20.744-03:00IntensõesO quanto de nós não passa de manutenção dos nossos velhos teimosos problemas?<br />Que tendência é essa tão conhecida e tão difícil de desviar que tenho de cair e mal e mal levantar?<br /><br />Nunca gostei de estar caído por você de outra forma. Muito menos re-forma. Uma pontada qu'eu conheço bem e aprendi a controlar e virar e revirar noutras coisas. E procurar coisas novas. E ser gente nova. Nada de novo. Nada de novo. Porque quando o passa o novo é tão complicado tudo de novo? Eu não me prometo a você porque eu dei um passo a frente e pena, não senti que tua mão indicava o mesmo teulugar. Meulugar, outro, revolto, revolvo ao velho banco de praça, velha chuva, velhas novas dores cantadas pelo mesmo novo bêbado d'outrora. Outra hora de constrições cardíacas. Não me prometo a você que se despromete de mim. Porque na minha passada tem presente de nosso futuro. No teu passado tem o desejo do passado no presente que estamos. E eu, ramo de árvore seco, fraco, quebrei. Deixei você cair... apodreço ou viro adubo? Floresço. Quem sabe quando? Quem sabe como? Quem sabe, só não me diz, esse servo tolo da vida de amor e dor que só vale a dor se o amor foi intenso. Eu sou intenso.<br /><br />Eu sou intenso.<br /><br />Minha amiga, eu sou eu como sou agora. Você quer o eu que eu fui outrora. Eu não sei se posso re-ser e o eu agora morto há de renascer em outro.Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-607647801721011252010-03-02T17:03:00.001-04:002010-03-02T17:03:40.794-04:00Como não querer pensar já é suficientemente sentir...Às vezes me abato. Meu pensamento cede espaço, já escasso, eu calo. Calo pro mundo, calo pra você, calejado sem nem saber porquê. Peço sinceridade sinceramente pedindo desculpas. Pela distância que é meu semblante, pelo silêncio que é meu melhor presente. Pra nós dois. Na gangorra da liberdade que pede unicidade, esse desespero de ser humano é um todo descartável indispensável. Esse mundo de abismos e pontes, chuvas torrenciais e água de fonte. Estremeço quando penso que nesse meio tempo você pode estar vivendo outro remendo outro contento outro outro outro rebento. Um re-nascimento bebendo na água d'outra fonte.<br /><br />Às vezes me abato.Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-27531392942663543382010-02-02T13:04:00.006-04:002015-03-26T07:36:58.019-03:00Labiata<div align="center">
<a href="http://www.floralia.com.br/photos/C.%20labiata.jpg"><img alt="" border="0" src="http://www.floralia.com.br/photos/C.%20labiata.jpg" style="cursor: hand; display: block; height: 347px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
Eu fiquei só<br />
Mente e corpo<br />
Azul como um bom <em>blues</em> deve ser<br />
<span style="color: black;">Deve ser karma</span><br />
Corpo deve, alma pena<br />
Quem é você que me condena?<br />
Quem é você que me condena?<br />
<br />
Fiquei demais<br />
Vermelho faz o tapete desse show<br />
<span style="color: black;">Antes fossem luzes e apenas</span><br />
Só mais um cantor de <em>soul</em><br />
Só mais um cantor de <em>soul</em><br />
<br />
Há penas que encenam o meu drama... fiquei tempo demais atado a essa cama<br />
<br />
Quero samba pra minha solidão<br />
Tenho sérios impasses comigo mesmo<br />
Tenho tanto tempo, tanta vida<br />
Tem você e não, tem você e não<br />
Não tenho<br />
<br />
Tudo posso, assim espero<br />
Uma bossa nova reformulada<br />
Como um Dylan revisitado<br />
Como com gosto o que não quero<br />
Pedras rolando montanha abaixo<br />
Tamanho peso sobre mim não<br />
<br />
Sobre mim sobretudo só o céu<br />
Sobre tudo o que desejo<br />
Solidão, solidão<br />
<br />
Sou o frio nesse calor de chuva<br />
Sôo frio abafado de mim mesmo<br />
Sou o frio se esquentando no desejo<br />
Sou só o que posso ser</div>
Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-39427931398580685442010-01-25T13:30:00.002-04:002010-02-26T13:39:56.402-04:00Confissão IIEu preciso te falar como eu me sinto. Como eu sinto. Preciso. Eu sei que embaixo da minha língua tem uma bíblia de sentimentos e meus dedos não conseguem acompanhar o ritmo. Eu não consigo me acompanhar. Como cheguei a esse ponto? Em que ponto que eu cheguei?<br /><br />Sou ridículo, sou grosso, sou amante, sou amado, sou sozinho, sou movimento, sou estanque. Sangro, sorrio, choro, grito. Dou banho e me banho, faço a cama, faço a festa, arranho. Ficar palavrando assim não me leva a lugar algum, mas é como um machucado que precisa ser aberto pro sangue jorrar. O que é pior? Não me importa, quero mais é o alívio.<br /><br /><br /><br />Você me entender é suficiente até eu me desentender comigo mesmo. De novo. Eu me sinto tão humano, um exagero, que fico enjoado de mim mesmo. Fico com medo dos meus medos. Eu não sou assim. <em>Ao menos não era</em>. Se eu fosse ficar só eu ficaria; se eu fosse valer nada valeria. Então até se me entendes, eu penso que logo teu desejo se rende pro enfadonho desquerer. Você já ficou tanto de saco cheio, como então se renovar pro mesmo erro? E se eu te xingar, quebrar a casa, ir embora? E se essa estupidez de ir contra o que eu mais quero não se demora?<br /><br /><br /><br />Liberdade.<br /><br />Paz de espírito.<br /><br />Amor.<br /><br />Essas coisas qu'eu quero equacionar em mim.<br /><br /><br /><br /><div align="left">Quero sumir por aí e saber o caminho de volta.</div><br /><div align="left">Quero que a vida me encha de porradas e eu cuspa<span style="color:#000000;"> sangue</span> em resposta.</div><br /><div align="left">Você me diz que agora tudo me agride. Estou de peito aberto, é fato. <em>À flor da pele</em>. Qualquer coisa de mim facilmente se exibe.</div><div align="left"> </div><div align="left">Me xinga. Me extingua. Desgoste e eu te mostro a língua. Mostre a tua que eu arranco fora.</div><div align="left"> </div><div align="left">É bom ser raiva, ser tristeza, ser solidão, ser desagrado, ser o não. Assim desaprendo o suficiente do bom pra me surpreender com ele acaso ele venha noutra estação.</div>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-30493780393313487712010-01-25T09:03:00.002-04:002010-01-25T09:04:22.144-04:00Confissão I<span style="color: rgb(204, 0, 0);"><span style="font-weight: bold;">Vermelho ou a ausência de certezas além de uma única</span>.</span> Eu sou um espanto, diante da vida, das surpresas. Eu sou o medo, que me mostra todo dia no espelho a bandeira de humanidade cravada nas costas. Eu sou o desejo de asas nos pés, fogo nos olhos, lua no céu da boca, língua estrelada sentindo o gosto do teu cheiro sublime. E ainda assim quero ser mais. Quero nomear e ter entre minhas mãos uma soma de letrinhas tão sólida quanto meu sorriso enquanto sonho: liberdade.Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-54952449740709304872010-01-22T15:39:00.001-04:002010-01-22T15:41:23.588-04:00Primeiros Atos<div align="right">Eu não gosto de ficar molhado quando quero ficar seco<br />Não gosto de ficar seco quando quero ficar molhado<br />Nem quero te secar louco pra te ver molhada<br />Não quero ficar seco que avó diz que é mau olhado<br /><br />Eu não gosto do bom gosto, nunca tive bom senso<br />Sem somas diversas não me sinto vivo<br />Vivo somando pra da poesia ser rebento<br />Arrebento as vias que me talham o caminho<br /><br />Gosto de vida com gosto diverso<br />Azedo, amargo, doce, salgado e certo<br />Direito, destro, de esquerda, canhoto<br />Calcanhotto pra cantada, qual garoto<br />Fervilhando paixão<br />Ambíguo, ambisdestro, lambi<br />Valente, multidireção<br /><br />Eu sou daqueles que fervem<br />Bem vivo,vivo bem<br />Sempre com, sem pressa<br />Sempre essa<br />Emoção</div>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-47236606460897183232010-01-08T12:51:00.001-04:002010-01-08T12:54:21.847-04:00Waking canvasCertos amanhecimentos são embebidos de silêncios. Repensamentos pré-cama anestesiados por essa dádiva e desmembrados de dores com os sabores de bocas ocupadas. Desejos de boa noite que velam o sono como fogo morno - só queima o suficiente. Amanheci silenciando os mil seres de mim. Calei o mais irritante, sorri junto da minha criancice, contemplei eu-futuro e esperei pacientemente. Dentro de mim mil histórias correm junto ao meu sangue. Dentro de mim sou muitos rabiscos em papéis coloridos. E sempre repito que tudo nessa vida é escolha. Você faz a sua, eu sigo em frente com a minha. As mil histórias que eu fui e poderia ser, se resumem no que eu sou, posso e quero.<br /><br />Entende?Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-19206958434230092092009-11-25T12:39:00.005-04:002009-11-25T14:05:43.888-04:00Sinestesia da anestesia<div>Eu disse uma vez que um certo sentimento era movimento. Não menti, mas fracionei uma verdade. Vida é movimento. Cada momento. Tudo te joga pra outro estado. Nada é gentil e imaculado. O viver é implacável e espelhado no sentir. E eu sinto. Cheiros, visões, texturas, gostos e sons. E tudo isso é embebido de passado, presente e futuro. E o problema maior, <span style="font-style: italic;">sinto</span> eu, tá nos futuros. Ou seria pior o presente despercebido? O passado vem silencioso, encardido. Nossa pele fosse reflexo, seria um mosaico do que já fomos. Imagina só, que bonito, seríamos todos mais coloridos. Hoje eu amanheci pálido. E sem gosto. Cheiro fraco, falando baixo. Hoje eu me existi pouquinho. Mas hoje ainda tá indo. Indo, indo, indo.<br />E vida é movimento. Uma sinfonia em tecnicolor. Vento na janela balançando árvores que a gente pesca com o canto dos olhos. Pena, mas que imensa pena, eu tenho em saber que a música dos meus olhos hoje é o chorinho.<br /><br />Qual é a minha cor? Qual é a minha cor? <span style="font-weight: bold;">Qual é a minha cor?</span><br /></div>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-26026632821289701632009-10-14T18:02:00.003-03:002009-10-14T18:11:24.364-03:00O concreto suaveNão é poesia. Porque eu estou literal. Então não adianta querer soar rebuscado, eu no máximo posso citar outra pessoa e distorcer os seus dizeres ao fazê-los deles os meus próprios.<br />Meus sentimentos, meus atestados, meus medos e desejos e saudades. Aquela tal de ausência em si. Você, a tal deusa de outros tempos, brincando de céu nessa terra de concretudes.<br />Então que posso dizer mais que te amo, se amo bem como o amor ama, e se quero mais que tudo dizer e dizer que te amo? É, te amo.<br /><br />É concreto na cabeça.<br />Só que esse não pesa... me deixa leve.Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-17368427885477116032009-10-06T21:59:00.002-03:002009-10-06T22:01:46.160-03:00Eu juro pra vocêSou sincero. Acima de tudo comigo mesmo. Natural. Surpreende a minha cabeça todo aquele que não aceita.<br /><br />Só isso. Uma constatação solitária pra fechar a noite.Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-22660113451266826212009-10-02T14:50:00.005-03:002009-10-02T20:08:51.563-03:00Crônica de sempre, poesia futura<div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Crônica</span></strong></div><br /><strong></strong><br /><br /><div align="justify"><strong>"O processo da criação narrativa é a transformação do demônio em tema." </strong>Obrigado, Vargas Llosa, pelo gatilho puxado. Quero ver aonde essa bala vai chegar...</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Pois que não é esse mesmo meu companheiro de todas as horas versadas, o crônico das crônicas, os romances não escritos no papel? <em>My fire, my hell.</em> O que me impulsiona, seja no real ou no pedido em <strong>negrito</strong> do que escrevo, é o demônio do viver insatisfeito e o anjo que implacavelmente se emociona. Quando tô correndo em verso - bons calçados pr'esse chão pedregoso - juro que evito metaforizar. Mas às vezes não há como evitar ser lido assim, mesmo sabendo que eu lido com algo concreto. Pra mim. O meu fenômeno é uma onda, que de ontem pra hoje cresceu e me presenteou com um caixote. Juro que me surpreendi. A tal onda me enxarcou todo, me deixou tonto, pontuou uma adorada vírgula, eu ensopado dela - areia pelo corpo - e ainda quente. O meu olhar não mente: delata-me.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Então esse exercício aqui é exorcismo. Porque me veem hiperbólico e eu tô mais eufemismo. Eu sei muito bem o que sinto - enquanto eu não sentir mais. E o demônio tá liberto. É certo que a concretude tá na ausência. Olho e não há. Respiro e vem um cheiro. Reprise: <em>eu sou dado a ter cheiros.</em></div><div align="justify">Dado me lembra que eu não tenho sorte. Um conjunto de eventos deprecia minhas apostas e números bons estão aos ventos. <em>Lufadas de ares</em> que me alvejam mais como o deus da guerra do que a deusa do amor. Fosse da paixão, eu já aceitaria melhor. Mas insatisfeito, tenho o peso da ausência. Haja paciência. E eu até tenho. Então espero meu demônio malandro - que não se contenta com essa crônica para mim mesmo - se aquietar.</div><div align="justify">Vai passar.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Enquanto isso, tem chocolate, capuccino, o maldito cigarro e uma velha bossa nova novamente à toa.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Se eu continuar escrevendo, vou me deparar com o tártaro ao invés desse batedor e seu rastro chamuscado. Ponto.</div><div align="justify">Pra quem?</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="right"><span style="font-size:130%;"><blockquote><div align="right"><span style="font-size:130%;"><strong>Poesia</strong></span></div><div align="right"></div><div align="right"> </div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Eu acho sábio amar até se arde</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Rogo penso muito de manhã</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Que tarde</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Mas chegue em outro amanhã</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;"></span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Começa com o fim do não iniciado</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Anunciado o engarrafamento</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Encenado</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Enquadradado no crime do querer</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Eu juro pra você</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Que sincero é o coração perdido</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Que não joga a toalha</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Enxerga o fechamento</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">E se amacia na malha do real</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Descobrimento</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;"></span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Eu sou descoberto</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Por isso adoeço</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">O frio me envolve todo</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Mas quando esquento</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Te dou caneta papel sangue e tempo</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;"></span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Talvez você respire</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Te deixo até sair do quarto</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Pro fogo justificado</span></div><div align="right"><span style="font-size:100%;">Que só vai ficar gravado em você</span></div></blockquote></span></div>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-44751995223280567442009-09-30T20:22:00.002-03:002009-09-30T20:31:55.646-03:00Poema(s) de Barro(s)<div style="text-align: center;"><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Palavrando I (argilosamente)</span></span></b></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Esse é todo um refazimento de muda</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Do desconhecido toda se crescendo</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Iluminada de sol, reluzente de vida</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Primaverando: florescida</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">A gente tá todo dentro das plantas</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Olhos fechados que sejam espirrados de pólen</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">E despertados.</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Seguindo a partir do partido, deixando arco-íris no outrora</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Enegrecido coração invernizado</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Outra hora, outro respiro.</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Palavrando II (vertigenssolar)</span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">Você tá toda numa entrepalavra</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Aquela que tem uma pra cá outra pra lá</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">E deixa um espaço a ser preenchido</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Uma performance poética vocal</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Na amplidão da nossa boca no céu da louca</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Dessa casa grande</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Onde tem espaço pro improviso</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Samba flor gira gira</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Sol me esquenta</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Como a concretude das latinhas</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">De barros e areias, classicismos modernosos</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Barrocando, água, chuvas vespertinas</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Eu e você e um punhado de argila</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Ou seria chocolate?</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Jazz e cá</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Rego de calor</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">O odor da vida</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Que invade nossa tarde... </span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Tão cedo o toque das carnes</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Frutifica a palavra nova</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Que não se lê</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Ninguém mais sabe, a gente não diz</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Essa daí só eu e você</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Palavrando III (ad-entre)</span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Atrás disto, você</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Eu mescrevendo em aflição</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Tinta que corre fácil mancha tanto quanto</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Difícil mesmo é controlar</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Lado alado de asa quebrada</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Passarinho desapassarinhou</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">E pia</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Seu Poeta, senhor maiúsculo,</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">me ensina esse olhar de ave?</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Ave Maria, até faria</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Reza braba de pazes</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Olho que enxergue muito disso</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Fazer e ter, sentir e ser</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Pluralidades</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Tô num momento de rima, eu juro</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Entrecortada, antepalavras</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Silenciais, licenciais, contratuais</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Postepalavras iluminando</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Entrelinhas do escuro</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Fosse isso tudo um muro</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Na frente dele, você.</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Palavrando Última (pro nome outro)</span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Senhora, tô insatisfeito</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Espaço de sobra</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">E eu ainda rarefeito</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Tô peneirando o ar com as mãos</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">E nesse gesto não cato nem palavrão</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">E o que poderia de ser?</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Tô cheirando a terra com os nãos</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">E desse jeito não farejo nem emoção</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">E o se poderia de ter?</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Silêncio é bom. Silêncio é ruim.</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Matutando, cavucando, simulando, fabulando</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Algo flor, ausenciada, enunciado, anunciada</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Resvalando, faltando faltando faltando</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Apressado, repetidamente gerundiando</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Agora a coisa. A coisa e tal. Tal coisa assim.</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Sem hora, tô insatisfeito</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Sobre o espaço</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Ainda eu e raro efeito:</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">pra todo efeito, sem defeitos em si sê-los, selando pronome efetivamente em mim.</span></div></div>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-71404146538400681142009-09-16T14:36:00.000-03:002009-09-16T14:39:40.925-03:00Manchete!<div style="text-align: center;">Atravessara a rua com um livro na mão<br />Se não tinha uma pessoa<br />Poesia sim tinha sua devoção<br />Absorvido e apaixonado pelo próprio sentir<br />Caminhara como que decifrando por onde ir<br /><br />Então um carro analfabeto e seu dono embriagado<br />Não ligando pro leitor e sua leitura<br />Teve um inesperado encontro com a cultura<br />Brincando sem receio com a métrica<br />Rimou sem angústia, sem estética, e fez seu verso concretizado<br /><br />Esse desfecho outrora pr'uma época tão futura<br />Foi que morrera, o pobre rico leitor, sem amargura<br />De poesia e de paixão<br /><br /></div>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-34634641881618153362009-09-11T20:50:00.006-03:002009-12-15T17:00:05.172-04:00SentimentalO que diabos que eu tô sentindo? Que contradição mais coerente é essa que me define? Isso enquanto e tão somente quando houver tempo para o ponto final, sendo que eu sou sempre tão vírgula. Sempre. Mas hoje não. Já disse um dos muitos poetas que tiveram uma manhã ensolarada na cara, prestes a nublar e chovendo sarcasmo num sorriso torto do sol:<br /><em>sempre <strong>não é</strong> todo dia</em>.<br />Mas eu não gritei, nem escrevi, nem soquei, nem fudi, nem fumei, nem xinguei, nem rezei, nem repeti o quanto eu queria. Tem algo entalado aqui na garganta, prestes a sair, um silêncio urgente, colérico, pedindo por não sei lá o quê que realmente me tire do sério.<br /><br />Uma paixão. É, uma paixão. Acumulada no corpo inteiro, empurrando tudo sem receio, na garganta: pedindo passagem.Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-85371686292622748472009-09-05T21:33:00.004-03:002009-09-05T21:36:52.668-03:00Last Goodbye<div align="center"></div><p align="center"><object width="340" height="285"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/rWSBoCrJcY4&hl=pt-br&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b&border=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/rWSBoCrJcY4&hl=pt-br&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="340" height="285"></embed></object></p>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6150665652196882320.post-17269735346410819012009-09-02T20:18:00.007-03:002009-09-03T11:14:39.714-03:00Vou de coletivo<div align="center"><strong>Abandonando a noite pelo amanhã</strong></div><div align="center"><strong></strong></div><div align="center"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="center"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Então. Dia desses 'tava conversando comigo mesmo. É, um tête-à-tête egocêntrico que costuma até ser divertido (a gente se entende melhor do que o outro - se não, pelo menos gostamos de achar que sim -, pelo menos com uma precisão maior).</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Cheguei à conclusão de que as maiores sacadas qu'eu tenho me esbofeteiam quando tô sozinho e sem papel. Isso, inclusive, foi bem na cara. Assim mesmo: uma danada crueldade temperada por Murphy, bem salgada justo quando o que mais quero é um brigadeiro.Tá me acompanhando? Eu até que tô.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Então. 'tava lá e lá era fora do trabalho, fora da faculdade, cheio de gente e eu sozinho, e não fora mas dentro de mim. Largando pra trás enquanto hoje já fosse depois e fosse tarde demais pro que deixei pra lá. Porque deixei mesmo, feito pele, cabelo, paciência, tempo e neurônio. A gente vai largando por aí, sem perceber, e uns pra sempre.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Minha cadeira, meu mundo. O seu motor, trilha sonora. Sua estrada, uma anunciação. Meus pensamentos, pó de areia nos olhos.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Então. Dormi.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Movimento, movimento, movimento. Sem caneta e sem papel. Deixei boa parte do que era muito bom em mim mesmo perdido aqui pro que tá fora. Encardido do dia que venci ou mesmo que perdi por gostar de riscos, desenhando bons motivos, rabiscando cotidianos.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Saí de lá e cá acordei: porta de casa. Sim, claro que sim, vou caminhar bons quilômetros, porque a entrada ainda tá distante. Mas aqui, tudo isso, já é meu lar. Eu fiz com que fosse, por quantos dias eu quiser que seja.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Sendo assim, tudo aqui é meu e eu tô todo livre. Só ser.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Sendo assim.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Acordado no meu construído espaço, entregue pelo meu ateliê de metal (onde esboço e exerço dia-a-dia um novo quadro mental).</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Comecei a ir em direção da minha entrada, minha cama, suficientemente distante da noite.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Então. Acordado e caminhando, olhei pra baixo e não vi meus pés no chão.</span></div><div align="left"><span style="font-family:georgia;">Duvidei do despertar.</span></div>Leco Silvahttp://www.blogger.com/profile/08762877774214005671noreply@blogger.com5